Um soldado das forças armadas brasileiras caminha pelas ruas de São Paulo vestindo seu uniforme num dia quente de verão.
Em meio à multidão, ele se destaca não pelo comprimento de suas calças nem de suas mangas brigando com o calor, mas pelo padrão de tons verdes e marrons que tenta imitar as cores de uma floresta tropical.
O que deveria ser um não signo, o que deveria servir de camuflagem para se fundir ao ambiente, torna-se seu oposto.
O tecido das cores da mata gritam em meio às cores urbanas, chamando a atenção de todos ao redor.
- Eu diria que é eficaz, já que serve de camuflagem onde se deve estar o menos visível possível e chama a atenção de todos quando não é preciso esconder-se, mostrando o orgulho do exército de nosso país.
- Acho que essa duplicidade é sem querer, mas não importa, eu diria que é irônico. Quase um ready made involuntário cujo intuito é criticar a si próprio e o sistema no qual está inserido.
- Vendo por este lado... é, realmente, e olha só a cara de penico do Duchamp dele.
- Então faça continência ao soldado R. Mutt.
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