terça-feira, 17 de julho de 2007

A Urbe

Ando pelas ruas e vejo
Muros invisíveis sob a monolítica atmosfera
Dividindo os mundos da cidade
Pesadas cortinas de ferro translúcidas
Fatiando linhas imaginárias

Ando pelas avenidas e confundo
Arranhacéus com aquários
Árvores com refugiados
Humanos com engrenagens
Desemprego com oxidação

Esta é a urbe e seu ethos
Dias cinzas e noites psicodélicas
Pathos anônimos e patos best-sellers
Dinheiro sujo e consciência limpa
Sonhos azuis que germinam no céu de concreto

2 comentários:

KK disse...

phatos e patos... há!
mal se eu não ando comentando com frequência no seu blog. saiba que eu ainda leio.

só estou sem tempo.

abraço,
Kei

lis disse...

predios podem ser aquarios se fecharmos todas as janelas
peixes saem pelas frestas

gostei muito