quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Escher


A campainha toca.
Uma pessoa vai até a porta.
Não tem olho mágico.
A campainha toca.
Ela pergunta em voz alta "Quem é?".
Não há resposta.
A campainha toca.
Ela olha ao lado da maçaneta.
Há uma campainha.
Ela toca.
Do outro lado, uma campainha toca.
Uma pessoa vai até a porta.
Não tem olho mágico.
A campainha toca.
Ela pergunta em voz alta "Quem é?".
Não há resposta.
A campainha toca.
Ela olha ao lado da maçaneta.
Há uma campainha.
Ela toca.

Ad infinitum.

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Hipótese 2:

A porta se abre para os dois lados.
Como se houvesse um espelho, a pessoa se depara com seu reflexo do outro lado da porta.
Ambas se olham em silêncio, compreendendo-se (a si) sem palavras.
Uma delas pegunta:

- Hum, não quer entrar?


2 comentários:

KK disse...

Se eu me visse na rua eu provavelmente não me reconheceria.

Anônimo disse...

,