Mas convenhamos: se o mundo fosse um lugar mais prático, os velhinhos subiriam depois no ônibus, não antes.
Claro, sim, eu sei, a melhor solução seria entrar por trás e pagar na saída pela frente, como em alguns países, mas descartando reformas no sistema de transporte público, porque além de utópico, tratando-se de São Paulo, é demorado, não é prático nem depende da gente, olha só, é só analisar os fatos:
Eles sobem devagar e ficam ali na frente. Os demais passageiros devem se movimentar para a parte pós-catraca do monstro geométrico urbano e, para isto, devem passar obrigatoriamente pela parte pré-catraca, onde se aglomeram os velhinhos. O resultado óbvio desta tradição é que os velhinhos atrapalham o fluxo de pessoas e ainda sofrem sendo esmagados por todos os passageiros que vão para a parte de trás.
Conclusão: todo mundo se fode.
Um comentário:
Uma solução prática é distribuir - já que os veteranos não pagam passagem - um bilhete diferenciado,tipo o de estudante.Aí o velhinho passa pela catraca com o bilhete,mas não debita nada de lugar algum.Só autentica que um velhinho está pegando ônibus.Depois ele poderia caçar aquelas estúpidas cadeirinhas reservadas e pronto,amenizou o problema.
Mas convenhamos que ambas idéias são utópicas tratando-se de São Paulo.
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