quinta-feira, 3 de maio de 2007

Gloriosa

Trancafiada em seu sanatório
Uma única perturbada
Suas múltiplas quimeras
Perpetuamente presas em si
Envenenam a mãe Gaia

A escritora cega
Suas gananciosas mãos
Escrevem errado em tortas linhas

A pobre esquizofrênica que conversa sozinha
Relata incessantemente as lembranças
Em sua falha memória perdidas

A psicopata menina
Sua pútrida imaginação
Inventa contos em seu livro da morte
Abstrai a verdade e diviniza mentiras
Em seu livro eternamente inacabado
Páginas repetidas
Escritas com a tinta escarlate da veia dos inocentes

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